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Leishmaniose

O que é a Leishmaniose?

A Leishmaniose visceral é uma doença infecciosa transmitida por um mosquito (mosquito da areia).

A Leishmania é um parasita microscópico que é transmitido aos animais vertebrados por um vector (mosquito da areia - Phlebotomus) que tem maior actividade ao nascer e ao pôr-do-sol. Uma vez infectado o animal, o parasita multiplica-se na zona de infecção. Se a resposta imunitária falha, os parasitas disseminam-se para todo o corpo: medula óssea, baço e fígado, causando uma doença crónica e, por vezes, fatal.

Quais os sintomas da doença?

O período de incubação é muito variável, variando de 5 meses a vários anos. Os sinais clínicos mais frequentes que são encontrados nos cães são os problemas de pele (50%), perda de peso progressiva (25%), diminuição do apetite (16%) e intolerância ao exercício (9%). Os problemas de pele mais comuns são alopécias (falta de pêlo) com descamação seca, normalmente começando na cabeça e espalhando-se para o resto do corpo; úlceras crónicas, principalmente na cabeça e membros.

Outras queixas prováveis são: problemas oculares, epistáxis (hemorragia nasal), excesso de consumo de água, diarreia, vómitos, sangue nas fezes, claudicação, etc. A Insuficiência Renal Crónica é uma das causas indicativas de doença terminal devido à leishmaniose, sendo diagnosticado numa fase já muito avançada da doença.

Como se diagnostica?

O diagnóstico é realizado através de análises sanguíneas, que incluem a realização de um hemograma, perfil bioquímico e a detecção de anticorpos anti-leishmania no soro. Os cães com Leishmaniose, quer sintomáticos, quer assintomáticos, demonstram, na maioria das vezes, resposta humoral (anticorpos), existindo vários métodos de detecção.

As Leishmanias também podem ser observadas directamente no sangue através de citologia e/ou histopatologia, não sendo um procedimento muito comum.

Como se trata?

A Leishmaniose humana é comummente tratada e curada com uma taxa de sucesso muito elevada, enquanto nos animais é mais resistente ao tratamento, sendo usado, na maioria dos casos, uma combinação de dois princípios activos: antimoniato de meglumina (Glucantime®) e alopurinol.

Como posso evitar que o meu cão contraia a doença?

Como os cães são o maior reservatório da leishmaniose, é muito importante a prevenção e controlo da doença, podendo a prevenção ser realizada através do uso de insecticidas para prevenir a “picada” do mosquito. Este tipo de prevenção é, hoje em dia, conseguido através de coleiras insecticidas e medicamentos “pour on”. A protecção do seu animal de estimação também pode ser potenciada evitando a exposição à rua uma hora antes do anoitecer e uma hora após o amanhecer, visto ser neste períodos que o mosquito da areia tem maior actividade.

É muito importante aconselhar-se com o Médico Veterinário acerca da melhor maneira de prevenção e do controlo periódico da titulação de anticorpos anti-leishmania.